Que surpresa inenarrável assistir em pleno Festival Minhas Mães e Meu Pai, mas que se encaixa melhor no título original: The kids are all right. O simpático e bem resolvido casal formado pelas lésbicas Nic e Jules, nessa mesma ordem, Annette Benning e Julianne Moore, vivem uma relação estável, mas que é abalada quando seus filhos resolvem descobrir o homem doador do esperma que os trouxe ao mundo. O quadro se complica ainda mais quando Jules se envolve com Paul, o doador vivido pelo ator Mark Ruffalo.
Longe, muito longe de querer defender um ideal de família feliz gay, Lisa Cholodenko desenvolve com cuidado e propriedade um cenário muito comum em toda e qualquer vida conjugal, hétero ou homossexual. Isso que encanta talvez, a simplicidade com que ela constrói cada personagem como se fosse à mão. A química entre a dupla Annette B. e Julianne M é incontestável bem como entre Mark R. e Julianne M. Imaginem vocês o efeito desse trio marcado por laços fortíssimos , numa dinâmica que contempla o dia a dia dessa família com dilemas importantes, cruciais mas que são encarados por todos sem exceção como mais uma etapa a ser resolvida, encarada e bola pra frente. Os três estão espetaculares, viscerais e incorporam cada um ao seu jeito personagens que poderiam lhes render indicações ao Oscar.
Annette Bening vive uma médica, racional e perfeccionista, que encarna na relação uma posição pró ativa e mais masculina. Julianne Moore uma mulher de meia idade bem menos objetiva que sua parceira e mais feminina, ocupa na relação uma posição mais dependente e frágil. Finalmente Mark Ruffalo vive o personagem de um homem que não levou os estudos ao fim e passou a se dedicar a plantação de alimentos orgânicos, mais ligado à terra e menos urbano que os demais, ele é propietário também de um restaurante. Com essa atuação Ruffalo cativa, convence o público de todo seu potencial em alegrar e movimentar a vida dessa família. Imperdível a experiência de assistir Minhas Mães e Meu Pai no cinema!
Oi Carol,
ResponderExcluirEste é um filme que eu tenho muita curiosidade para ver, em parte por conta das críticas positivas quando de sua apresentação em festivais europeus, e agora por causa de sua acolhida positiva.
A Lisa Cholodenko é uma diretora que não força a mão, pelo menos é o que percebi em seu filme "Laurel Canyon - A Rua das Tentações", uma grata surpresa que encontrei por acaso num sebo aqui da cidade.
beijos
Estou feliz em ver o quanto gostou do filme, Carol! Eu já estava atenta depois do trailer e acredito que vai entrar no circuito nacional, assim terei a chance de conferir na telona também. Sou fã particularmente da Julianne M., mas pelo jeito, o trio está afinado. Vou acompanhar toda a cobertura por aqui e anotando todas as indicações!
ResponderExcluirValeu!
oi carol!
ResponderExcluirJá estava querendo ver esse filme...depois de seus comentários!
Estou ainda mais ansiosa...parece ser ótimo mesmo!!!
obrigada!
OI querida Carol,
ResponderExcluirEu tb adorei o filme. Tem gente q ñ gostou. Fico s/ entender. Acho o filme no tom e no ponto certos, fora as atuações sensacionais ( e olha q eu implicava c/ a Annete Benning ).
Excelente a sua crítica!
enviei o comentário para o filme errado, desculpem pessoal!!
ResponderExcluirAgora esse filme minhas mães e meus pais me deixou numa curiosidade impressionante, pela historia q conta, como tb pelo elenco, q eu sou fanzaço, atores q me agradam bastante, naturais e como vc disse Carol, viscerais, suas interpretações sempre deixam marcas. Não vejo a hora de assistir!
Beijoss
Olá, Carol!
ResponderExcluirObrigado por mais um texto e contribuição ao blog. Bacana a representação do casal gay como casal de fato e não como algo grotesco, distante das engrenagens que movimentam as relações sociais.
Beijossss