Incrível como Turnê é arrebatador e encanta o espectador que não desgruda os olhos da tela e ainda é capaz de lotar uma sala de cinema numa terça ao meio dia, mesmo sem ter tido grandes divulgações no Festival, se compararmos a outras grandes produções.
O filme conta a história de um produtor falido que na esperança de retomar seu prestígio no meio artístico, resolve levar seu grupo de dançarinas strippers para a França. Esse grupo muito peculiar é formado por strippers de verdade, que originalmente são de um movimento americano chamado "new burlesque". São artistas, 1 homem e 5 mulheres fora do padrão esperado para dançarinas comuns. Todas muito inventivas, alegres, batalhadoras e, principalmente, nada caricatas, seguindo seus próprios conhecimentos e tendências no palco. Elas encantam com suas habilidades e um carisma que só vendo pode-se entender o que falo.
A grande sacação de Mathieu Almaric, ao meu ver, é a celebração do grupo enquanto trupe, não só de um grupo que está junto defendendo interesses comerciais. Almaric nos mostra o quão possível e gostoso pode ser viver um ideal de vida atrelado ao profissional. Nessa perspectiva, o filme se torna uma espécie de "Show must go on" quando mostra cada uma das atrizes com suas questões pessoais em jogo, mas lutando para que a trupe não acabe, como se encarassem aquilo como uma segunda família. Há um diálogo claro de Mathieu com a linguagem teatral. As cenas performáticas mostram bastante essa tendência da encenação enquanto espetáculo, sem entraves, jogos de cena ou truques.
Turnê é de uma beleza e sensibilidade incríveis! Eu adorei!
Oi Carol,
ResponderExcluirGosto bastante do Mathieu Almaric como ator e confesso que fui tomado de curiosidade quando li sobre este filme, que também foi exibido no Festival de Cannes.
Agora com sua empolgação, me parece mais do que necessário assistí-lo quando ele surgir por estas plagas.
beijos
Olá, Carol!
ResponderExcluirDica anotada.
Beijosss