Depois
de longo tempo longe das páginas eletrônicas aqui do blog, aqui estou. Na
verdade, nunca mantive distância do espaço, já que acompanhava fielmente as
postagens de meus companheiros, Conrado e Marcelo. Todavia, está mais do que na
hora de tomar partido e utilizar este espaço para expressar minhas opiniões,
debater, exercitar a escrita, compartilhar impressões, etc. Findo nesta linha meu desabafo [risos].
Vamos
ao que interessa. Quando li as primeiras notícias sobre os leitores digitais, os
e-readers, torci o nariz. Indignado, não conseguia entender o sacrilégio
cometido. Tirar o livro do papel é equiparável a privar um animal de seu
habitat natural! Pois bem, nunca diga nunca. Há pouco menos de dois meses,
adquiri meu Kindle, o famigerado e-reader da Amazon. Comprei a versão mais
simples, aquela que sai por 300 mangos. Mesmo vendo muita crítica negativa a
respeito da sua leitura de arquivos na extensão PDF, corri atrás dessa
alternativa para frear a necessidade semanal de impressões acadêmicas.
Não
me arrependo. Nem um pouco. Realmente, depende da formatação do arquivo em PDF,
a leitura fica bem prejudicada, embora a maioria das experiências até agora
sejam positivas. Quanto aos arquivos próprios ao Kindle, nada a reclamar. O
dicionário em português mostra-se de cara como uma das principais atrações,
agilizando sensivelmente o acesso ao significado de palavras até então desconhecidas.
Devo
confessar que logo surgiu uma dúvida existencial no Rafael Leitor: livros tradicionais
VERSUS livros digitais, quem leva a melhor? Respirei fundo, organizei as ideias,
controlei os batimentos que atestavam apreensão e obtive resposta. Prefiro – e acredito
na permanência de tal sentença, a versão tradicional, de tinta sobre o papel.
Nada se compara a pegar a “entidade-livro” na mão, sentir sua textura, o
trabalho caprichado da edição. Certo, mas voltando ao embate. Quem ganha? O
leitor. Temos de parar com essa grande bobagem, porque um não exclui o outro. Em
comparação, ambos têm pontos vantajosos em relação ao outro. Então, proponho
convívio pacífico. No final das contas, importa mesmo o conteúdo, não a forma.
Rafa, primeiro, é muito bom tê-lo de volta escrevendo no blog.
ResponderExcluirA questão que você levanta é bastante pertinente, uma vez que muitas pessoas mencionam o livro digital como assassino da tradição impressa.
Concordo plenamente com você, são realidades em nada excludentes e sim gregárias. Óbvio que com a popularização dos e-readers a tendência é que o livro impresso torne-se quase um objeto de fetiche, como vem acontecendo com muitas artes que veem digitalizadas suas propriedades.
Sinal dos tempos.
abraços
Tomara que você esteja certo Rafa!Eu admito , do auge da minha condição jurássica e analógica de ser que temi a extinção do papel depois dos E-books da vida! Me lembro logo de Farenheit 451 hehe.
ResponderExcluirbjs