Marcelo Galvão tem entre seus longas os divisores de opiniões Quarta B, Rinha e Bellini e o Demônio, então nada mais curioso que seu projeto seguinte resultasse em Colegas, uma comédia sensível protagonizada por três jovens com Síndrome de Down. Stalone, Aninha e Márcio são os garotos que fogem de um instituto inspirados pelo filme Thelma & Louise e partem para uma jornada que transforma suas vidas e o próprio road movie em algo muito distante do Na Estrada de Walter Salles.
Sensação no Festival de Gramado, onde recebeu o prêmio de Melhor Filme, Colegas quase funciona como um ótimo entretenimento juvenil, não fossem os constantes desvirtuamentos de valores, ou como um bem sucedido feel-good movie – título que escapa da obra de Galvão pelos apelos óbvios, inconsistências do roteiro e convencionalismos do gênero. Ainda assim, pelo carisma do trio de atores principais e boas referências ao cinema, uma sessão despretensiosa de Colegas é mais que indicada.
Em 1986, um acidente nuclear na usina de Chernobyl transformou a bela paisagem local em uma sofrida região-fantasma. Terra Esquecida acompanha o drama de Anya, Valery e Nikolai, que tiveram suas vidas drasticamente alteradas pela catástrofe e que, independente do ocorrido, não conseguem se distanciar de seu passado na cidade abandonada.
Primeiro longa-metragem ficcional de Michale Boganim, mais conhecido pelo documentário Odessa... Odessa!, Terra Esquecida apresenta uma tríade de histórias paralelas bastante tristes com as cores opacas do local que retrata. Com a bela Olga Kurylenko como protagonista, o filme peca por não aprofundar adequadamente nenhum de seus núcleos, tornando as supostamente complexas experiências de seus personagens desinteressantes e pouco envolventes. Destaque para a pálida fotografia de Yorgos Arvantis e Antoine Heberlé, que conseguem extrair imagens impressionantes fazendo uso de uma cartela de cores tão limitada.
Olá, Kon!
ResponderExcluirTenho curiosidade em assistir a "Colegas", pois, caso não me engane, o Celo falou bem do filme. Mas, enfim, quero tirar minhas próprias conclusões. Bom, daqui a pouco o Celo aparece por aqui e escreve um pouquinho sobre sua impressão, hehehe. ^^
Abraçossss
Sabe que eu achei o contrário de Terra Esquecida? Acho o filme bacana, acho que está centrado na história de Anya e que as outras correm paralelas à essa. Acho Olga impressionante de tal forma que não consegui nem reconhecê-la, de tão transformada que estava - minha referência é 007. A fotografia nem comento, estou contigo. Engraçado isso, essa diferença de pontos de vista do filme. Achei inesquecível :)
ResponderExcluirEscrevi sobre ele no blog também, se te interessar.
Sobre "Colegas", não consegui assisti-lo em Gramado, uma vez que não cobri todo festival este ano. Mas muita gente lá achou estapafúrdia a vitória do filme de Marcelo Galvão, sobretudo pela concorrência com o excelente "O Som ao Redor", de Kléber Mendonça Filho.
ResponderExcluirAbração
Sim, eu sei. O Rafa está maluco e precisa ser internado =(
ResponderExcluirOuvindo vozes, conversando sozinho, enquanto imagina-se em companhia... É, é grave.
A mente humana é uma droga. Ela e essa mania de completar as lacunas, mesmo quando não existem.