terça-feira, 25 de novembro de 2008

William Shakespeare

Desde muito cedo, até mesmo antes de me interessar por literatura, pelas peripécias da prosa e do verso, já ouvia falar de um bardo inglês, um tal de William Shakespeare. Mal eu sabia que este homem de tão vasta fama, era um dos maiores, senão o maior, dramaturgos de todos os tempos. Suas obras sobreviveram ao tempo, atravessaram os séculos servindo, como de origem, ao teatro e, com o passar do tempo, estendendo sua abrangência à quase todas as artes possíveis. Pois bem, mesmo ele sendo tão famoso, elevado à estatura de “incomparável”, particularmente nunca tinha lido nada dele, nenhuma de suas peças, no máximo tinha assistido algum filme que sorvia seus temas ou mesmo visto alguma coisa que se baseava em sua vasta criação. Há algum tempo, adquiri num sebo da cidade dois tomos, um que compila alguma de suas tragédias mais famosas e outro de comédias e sonetos. Acabo de terminar o tomo das tragédias, que continha as seguintes peças: Romeu e Julieta; Macbeth; Hamlet, Príncipe da Dinamarca; e Otelo, O Mouro de Veneza.

De todos, meu predileto, provavelmente, é Hamlet, o heróico filho que tem de lidar com a morte do pai e a "traição" da mãe. Otelo é outra peça magnífica, em grande parte pelo jogo criado por Iago, dos secundários, o mais protagonista dos personagens de Shakespeare que li até agora. Romeu e Julieta é um clássico eterno, uma história de amor embalada pelo réquiem que rege a relação entre Montéquios e Capuletos. Macbeth e sua esposa nas conspirações palacianas mais ardilosas, demonstram a insanidade que se confunde/mistura com uma ambição sem limites.

A experiência de ler Shakespeare foi excelente, enriquecedora, e não me furtarei o prazer de voltar às histórias do bardo, muito em breve.

sábado, 15 de novembro de 2008

Trailers

Bom, voltando ao assunto “trailers”, gostaria de compartilhar com os leitores (por mais que vocês sejam poucos, eu sei) três destas pequenas amostras cinematográficas que fizeram minha cabeça nestas últimas semanas. Nem preciso dizer que estou muito, mas muito curioso para conferir estes filmes.


SLUMDOG MILIONARE

Depois de ter visto Trainspotting tornei-me fã automático de Danny Boyle, diretor inglês que me instiga por seu senso estético e a preocupação com a atmosfera de seus filmes. Neste novo projeto, Boyle vira suas lentes para a Índia.

“Um jovem de um bairro pobre de Mumbai, cidade da Índia, decide participar de um programa de perguntas e respostas na televisão. Mesmo sendo analfabeto, ele surpreende a todos ao ganhar o jogo, o que levanta suspeitas de que pode ter trapaceado. O que o rapaz queria, no entanto, era apenas reconquistar a garota que ele ama.”


Aparentemente banal, o tema pode ser um mero pretexto para que Boyle fale sobre a questão social Indiana, para que nos forneça uma abordagem daquele país, sem estereótipos. O trailer é muito bem feito e já li por aí que tem gente achando este o melhor filme da carreira do diretor britânico. Ver para crer.


WATCHMEN

Com a ótima repercussão de Madrugada dos Mortos e o posterior sucesso de 300, adaptação da HQ escrita por Frank Miller, Zack Snyder tornou-se um dos nomes mais visados do cinema americano. Talvez por isso tenha sido convocado a tomar conta da adaptação cinematográfica da HQ mais cultuada de todos os tempos, Watchmen.

Watchmen é situado em uma América alternativa de 1985, na qual super-heróis fantasiados são parte da estrutura comum da sociedade, e o "Relógio do Juízo Final" - que marca a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética - é permanentemente acertado em cinco minutos para a meia-noite. Quando um de seus antigos colegas é assassinado, o abatido, mas não menos determinado, vigilante mascarado Rorschach decide investigar um plano para matar e desacreditar todos os super-heróis do passado e do presente. À medida em que ele se reconecta com sua antiga legião de combate ao crime - um grupo desorganizado de super-heróis aposentados, dentre os quais somente um possui verdadeiros poderes - Rorschach vislumbra uma ampla e perturbadora conspiração que está ligada ao passado deles e a catastróficas conseqüências para o futuro. A missão deles é vigiar a humanidade... Mas quem está vigiando os Watchmen?”


O segundo trailer de Watchmen (este que está acima) consegue ser melhor do que o primeiro – e isto é muito, visto que ele era excelente – por contar mais da história e mostrar que, provavelmente, Snyder tenha feito o filme de heróis mais cerebral já visto. Aliás, pelas prévias, taxar Watchmen de “filme de heróis” pode ser um equívoco.


THE CURIOUS CASE OF BENJAMIN BUTTON

David Fincher, um dos diretores mais subestimados de Hollywood, está prestes a lançar este filme, que já vem dando polêmica devido a uma briga do cineasta com o estúdio, aquela velha história de :

Estúdio: Mas, peraí, quanto tempo teu seu filme?

Diretor: Quase três horas!

Estúdio: Mas isto é inviável do ponto de vista comercial...

Diretor: Mas não é comércio, é arte. Não vou cortar mais nada.

Estúdio: Ah, não vai? Quem te deu o dinheiro?

Enfim, esta é uma discussão que soa até como clichê. Porém, ao contrário das outras quedas de braço entre diretor e estúdio, em que o segundo sempre ganha, David Fincher tem o “poder” de, quase sempre, sair-se vitorioso e levar às telas o filme como ele concebeu. O resultado disto, na maioria das vezes, é pouco público e uma enxurrada de críticas positivas. Neste novo filme ele tem Brad Pitt como protagonista (repetindo a parceria exitosa de Clube da Luta) e Cate Blanchett como seu interesse amoroso.

“Um homem de 80 anos começa a rejuvenescer inexplicavelmente. No entanto, depois de se apaixonar por uma mulher de 30 anos, ele se vê em um dilema: como manter o relacionamento se continuar a ficar mais jovem, e ela, mais velha?”


As prévias são primorosas e revelam uma direção de arte apurada. Em se tratando de David Fincher, a expectativa tende a ser justificada.

Ps.: As sinopses foram retiradas do site Cinema em Cena.