terça-feira, 12 de outubro de 2010

De Nascimento a Harry Potter


Preparei-me ontem para ir ao cinema, cinema de shopping, que há algum tempo não frequento. O motivo? Tropa de Elite 2, o filme do momento, aquele que, felizmente, está levando milhares às bilheterias, no que parece ser um sucesso inconteste, e a esperar, provavelmente recordista nacional de bilheteria. Este sucesso pode ser medido, utilizando a experiência deste que vos escreve, pela minha impossibilidade de assistir ao filme, já que ontem, véspera de feriado, próximo das 16h, provavelmente a fila do cinema era formada por quase duzentas pessoas, ávidas pelo o que ali estava sendo exibido em duas salas. Dei meia-volta e me contentei pela obra, pelo cinema nacional atrair tanta gente (mesmo que seja fenômeno bissexto), e já comecei a arquitetar o novo dia para a audiência, quem sabe na próxima sexta.

Já que chegaria cedo em casa, resolvi passar na locadora antes e ver o que tinha. Na verdade, fui com o objetivo de pegar Harry Potter e o Príncipe Mestiço, único dos filmes do bruxinho que não vi em tela grande, por conta de no seu lançamento ter explodido por aqui aquele surto de gripe suína que fechou os cinemas da cidade e botou todo mundo de máscara. Enfim, com o iminente lançamento do próximo Harry Potter, o qual gostaria de ver no cinema, resolvi tirar o atraso de uma vez, já que tinha sido “impedido” de ver a sequência das desventuras de Nascimento mesmo.

Harry Potter e o Príncipe Mestiço é um filme longo, mas não cansativo, e isto se deve ao fato do diretor David Yates saber com prender nossa atenção na tela. Vemos um Harry, assim como seus amigos de escola, aprendendo as agruras e benfeitorias da descoberta do amor, ao passo em que vive um clima de constante paranóia pela ronda dos comensais da morte e de Voldemort. O filme se desenrola bem, tem a tradicional partida de quadribol e tudo mais, mas quando chegou lá pelo início do terceiro quarto, me dei conta de que ele ainda não tinha levantado a questão crucial do equivalente literário: as Horcruxes (artefatos em que Voldemort incrustou sua alma para se perpetuar). David Yates optou por passar quase todo o filme trabalhando os personagens, seus ritos de crescimento e, no final, acumulou a tensão da descoberta dos artefatos e dos trágicos acontecimentos relatados no livro em que se baseou. Ficou tudo meio atropelado, como se o perigo à espreita só pudesse de fato surgir na parte final, elevando a expectativa da platéia, a preparando para as sequências.

Harry Potter e o Príncipe Mestiço não é ruim, é um bom filme, um entretenimento que cumpre o que promete, entretém. David Yates ainda realiza um trabalho notável de direção, e as cores (quase sombrias demais) do filme, ajudam neste clima que o diretor propôs desde sua entrada. O problema é que ao tentar segurar a audiência, prejudicou fatos importantes da história, vistos de passagem neste filme, ou mesmo com um enfoque dramático menos interessante do que no livro (o que é bem ruim, já que este é um dos livros mais deficientes de todos os de Potter).

E Tropa de Elite 2? Ainda estou curioso, afinal gosto bastante do primeiro e vejo possibilidades de expansão temática no segundo. Assim que assistir, driblando as filas, conto o que achei.

Um comentário:

  1. Olá, Celo!
    Como você tirou o atraso, também tenho de o fazer. Não tenho aquela empolgação, mas espero ao menos me divertir.

    Abraçossss

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