quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Irã: a arte surgida do caos?


Em prática que pretendo tornar corriqueira, postei no Facebook um questionamento cinematográfico com pontos abertos à discussão, inclusive sobre a validade do mesmo. Utilizei-me primeiro da rede social, pois ela agrega diferentes perfis e possibilita interação e disseminação mais rápidas. Replico por aqui para que a mesma ganhe perenidade e, quem sabe, suscite comentários que a amplifiquem. 
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Levando apenas em consideração os mais recentes filmes de Asghar Farhadi (A Separação) e de Abbas Kiarostami (Cópia Fiel), duas obras-primas, e todo movimento político/social causado pela complexa situação iraniana (que fez de Jafar Panahi e Mohsen Makhmalbaf seus mais conhecidos avatares do meio cinematográfico) dá para cravar que o Irã - e por extensão todo Oriente Médio -, acossado pelo próprio regime e por questões de ordem religiosa, é a “bola da vez” no cinema mundial, donde não deveríamos desviar o olhar? Emerge do caos a mais pungente arte?

2 comentários:

  1. Olá, Celo!
    Belo questionamento. Certamente encontraríamos, caso fôssemos procurar, artigos acadêmicos diversos defendendo pontos de vistas opostos sobre o tema. Creio, sem argumentos embasados em pesquisas ou opiniões de profissionais capacitados, que o caos proporciona a reflexão, a possibilidade e abertura à mudanças, as quais são negadas ou ao menos possuem entrada dificultada em ambientes harmônicos.
    Aguardo novas bolas levantadas.

    Abraçosssss

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  2. É o cinema como a arte que permite que tais questionamentos recebam diversas interpretações por meio de seus inúmeros artifícios narrativos, estéticos e visuais. O registro cinematográfico ainda permite um aprofundamento sobre tais temas e oferece questões para reflexão que vai além do que uma matéria jornalistica ou um ensaio literário poderia propor.

    Que o Irã e outros países continuem exportando pérolas do bom cinema, independente de seus conflitos de ordem política, religiosa ou outra qualquer.

    Abraços!

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