Continuando minha incursão pelas atrações do Caxias em Cena, voltei, na noite de ontem, a assistir uma comédia, gênero que parece ter mais prestígio e aceitação, dado a maior quantidade de público nas peças desta natureza e mesmo pela oferta do festival, que tem neste gênero sua predominância. Será que, em geral, se prefere rir a chorar no teatro? Enfim, digressão, possivelmente inútil, mas que pode dar o que pensar. A peça em questão era Noite de Reis, monólogo oriundo de Portugal, baseado num texto clássico de William Shakespeare. Leonor Keil representa os onze personagens da peça, dez pessoas e um cão. Para quem esperava grandes cenários, trocas de figurino, ou mesmo achou estranha a opção pelo monólogo num texto em que há tantas figuras, acredito que a encenação foi uma surpresa total. A atriz utiliza apenas sua expressão corporal e desenhos feitos rusticamente em pedaços de papel para contar a história. Os méritos são de Leonor e da linguagem proposta, que dão verniz interessante ao texto de Shakespeare, nos convidando a embarcar numa viagem lúdica, onde os movimentos e jogos cênicos, muitas vezes, substituem a palavra. Os aplausos efusivos e gritos de “bravo” no final não foram exagero, e sim o reconhecimento à um grande trabalho, em forma e conteúdo.
Celo!
ResponderExcluirA apresentação dela foi tão boa que "A atriz utiliza apenas sua expressão corporal e desenhos feitos rusticamente em pedaços de papel para contar a história.", soa até pejorativo.
Obrigado pelo texto.
Abraçossss
De dar cãimbras na bochecha de tanto rir.
ResponderExcluirQue atuação fenomenal! Até então não havia presenciado tamanha versatilidade de um ator no teatro. E a simplicidade do texto só tem a ressaltar ainda mais a brilhante composição de Leonor para as dez personas, e um cão!!
Abraços Celo!