quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lua de Papel - Ryan e Tatum O'Neal

A imagem acima é do filme Lua de Papel, de Peter Bogdanovich e mostra pai e filha contracenando. Ele, Ryan O’Neal, um astro na época, os idos anos de 1973, nos quais a história foi filmada. Ela, Tatum O’Neal, uma menininha que tinha entre oito e nove anos, era só filha de celebridades (sua mãe era a também atriz Joanna Moore). Foi então que Bogdanovich, substituindo John Huston, que abandonara o projeto antes da pré-produção, se encantou com a espontaneidade da filha de Ryan, anteriormente seu colaborador, e a convidou a dividir as telas com ele, num debute que entrou para a história. Tatum não somente se mostrou um fenômeno, embasbacando o mundo com uma interpretação magistral, como também se tornou a mais jovem ganhadora do Oscar, em uma categoria competitiva, na história da premiação. Ela ganhou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante com apenas dez anos.

Lua de Papel é um filme maravilhoso, um trabalho exemplar de direção, com lindíssima fotografia em preto-e-branco e ritmo perfeito para o desenvolvimento pleno da história, que mistura comédia e nostalgia, numa reconstrução dos anos da grande depressão econômica americana e dos tempos da lei seca. Mas nenhum destes elementos teriam o mesmo esplendor não fosse a química existente entre Ryan e Tatum O’Neal, a quase simbiose entre seus personagens. Ele, excelente como o vigarista que vende bíblias para recém viúvas. Ela, iluminada como a garotinha órfã, fumante inveterada aos nove anos, que esconde sua fragilidade infantil/feminina por detrás de uma postura madura, vestida com roupas de menino. Excelente filme, sem dúvida, ensolarado por uma grande dupla de atores, mas principalmente por uma menininha encantadora que, infelizmente, não reproduziu em papéis posteriores o poder de sua estreia grandiosa.

2 comentários:

  1. Só posso dizer que fiquei muito curioso pelo filme e, talvez, invejoso por você o ter comprado por preço tão baixo. hahaha Qualquer hora pedirei emprestado!

    Abraços Celo!

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  2. Olá, Celo!
    Assim que possível, conferirei.

    Abraçosss

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