quarta-feira, 17 de abril de 2013

Quem sou eu para falar?


Difícil sentir-se confortável e totalmente livre para opinar num mundo em que alguns julgamentos são (às vezes de maneira cega) supervalorizados em detrimento de outros tantos. Se o grande estudioso X falou, transgrediu algum pensamento vigente, tudo bem, mas eu? Quem sou eu? 

Das coisas de cinema que eu acredito: mesmo genial, Godard é um saco às vezes; Curtindo a Vida Adoidado é obrigatório; o cinema independente americano está tão estigmatizado quanto o cinemão hollywoodiano; o brasileiro ainda carece de humildade, quer flertar com novas formas de linguagem mas não domina muitos dos aspectos básicos da linguagem; Isabelle Huppert é excelente, mas não está sendo escalada quase sempre para papeis de determinado fenótipo dramático?; um filme é só um filme e seu verdadeiro valor está nas múltiplas relações estabelecidas entre ele e os públicos; cinéfilos não raro são empolados que adoram “cuspir” sua erudição nos demais, reduzindo a população que não gosta de Godard (entre outros) à escória sem cultura da humanidade.

Um comentário:

  1. A tirinha é ótima, e seu texto a complementa. "Gostar" para se mostrar. Conheço vários ¬¬

    Abraços

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