
Assim se inicia o drama histórico A Jovem Rainha Victoria, filme co-produzido entre os Estados Unidos e o Reino Unido que remonta os primeiros anos da era vitoriana – esta que viria a definir um longo período britânico reconhecido pela prosperidade e crescimento de sua população, assim como de grande valor para a ascensão das artes. Curiosamente, o filme é lançado no Brasil dois dias antes do aniversário de 173 anos da cerimônia que coroou a Rainha Victoria e fez com que a supracitada era tivesse início.
Talvez pecando pelo excesso de narrações, principalmente quando estas são feitas através da leitura de cartas, o filme enfatiza as relações de Victoria a partir do momento que soube de seu futuro posto na monarquia britânica. Sua história é rapidamente apresentada e então a produção desenvolve de forma bastante romanceada o envolvimento de Victoria com o príncipe Albert e com lorde Melbourne, que passam a servir a nova rainha como conselheiros e a serem os principais candidatos a esposo da mesma.

A Jovem Rainha Victoria acumula vários outros acertos, começando pela direção competente de Jean-Marc Vallée, que havia apresentado sua capacidade no canadense C.R.A.Z.Y. – Loucos de Amor. Vallée possui uma direção ágil e mostra versatilidade num gênero reconhecido pela monotonia, empregando ritmo em sequências que, em tantos outros filmes, servem meramente como espaços de transição – como na preparação do castelo para um grande jantar. Sua condução é nitidamente beneficiada pela grande equipe que o cerca, que apresenta belos exemplos de direção de fotografia e arte, sem esquecer do incrível figurino.

Também no elenco, composto por várias e significantes presenças, destacam-se Miranda Richardson, como a mãe manipulada e manipuladora, Jim Broadbent, como o excêntrico tio de Victoria, e Mark Strong, que, mesmo coadjuvando, toma para si a maioria das cenas em que figura. No entanto, Rupert Friend e Paul Bettany, que são as presenças masculinas principais, apenas preenchem o elenco de faces conhecidas, mantendo desempenhos pouco notáveis.
Por fim, A Jovem Rainha Victoria é um filme que merece ser visto e que facilmente agrada. Com uma trama interessante que serve bem o gênero do drama de época, funciona por apresentar no contexto histórico uma história de amor atemporal, além de possuir passagens memoráveis - adjetivo que cabe ainda e principalmente à sua irretocável produção artística.
Oi Kon,
ResponderExcluirÓtima sua análise. Por mais que não tenha visto o filme, sinto em suas palavras a segurança de quem captou o espírito da obra, mesmo que esta captura, como toda análise, seja de cunho subjetivo. Tenho bastante curiosidade pelo filme e até por gostar bastante dos filmes de época (bem feitos), seguramente conferirei logo este "A Jovem Rainha Vitória".
abraços
Eu pegaria seu último parágrafo para definir o que eu senti ao assistir "Rainha Vitória"! De fato é um filme que agrada com facilidade e vou além , pode atingir com tranquilidade todos os gostos.
ResponderExcluirEu desconhecia quase todos esses detalhes e informações que você citou. Interessante!
Eu acho "C.R.A.Z.Y" sensacional, amo de paixão esse filme. E a comparação foi inevitável. Me agrada mais este 2o,mas por uma questão de estilo tão somente.
Achei a Emily B. fraca...aliás nao sou nem um pouco fã dela. Já a Mianda Richardson como vc falou está excelente, pra mim se destaca.
Carol
Kon!!
ResponderExcluirO trailer me animou para ver o filme, pena que esse é no estilo "resumo da trama". Fazer o quê?
Abraçossss