sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Festival do Rio 2010: Micmacs


Micmacs, novo filme de Jean-Pierre Jeunet, é “legalzinho”, moderninho e diverte, por assim dizer,  a semelhança com os filmes anteriores do diretor é incontestável. No entanto, a meu ver, Micmacs, Amélie Poulain, Ladrão de Sonhos, só se assemelham nos aspectos estéticos e de estilo, pois a trama em si, o desenvolvimento dos personagens e saídas para as cenas absurdamente estilizadas, são completamente diferentes . E talvez isso explique a eficácia de um e os furos de outros.

Bazil, o protagonista, perdeu o pai quando era jovem, durante a guerra. Anos depois, ele é atingido por uma bala mas sobrevive. Completamente sem perspectivas e falido, Bazil é acolhido por um ex-presidiário que o convida para conhecer outras tantas pessoas esquisitas, mas muito receptivas. Em meio a esse grupo estranho, ele descobre que tanto a empresa da mina que matou seu pai como a da bala que o atingiu, são rivais e tem muito mais em comum do que parece. Com o propósito de se vingar Bazil arma um plano fantástico, mirabolante. De toda forma Micmacs é um filme de bom gosto, cômico na medida certa, ágil, dinâmico, com planos divertidos, coloridos, emocionantes, mas não a ponto de se tornar um filme inesquecível de Jeunet.

3 comentários:

  1. Oi Carol,

    Gosto muito do Jeunet de "Amélie Poulain" e "Delicatessen". Não gosto do Jeunet de "Ladrão de Sonhos", "Amor Eterno" e "Micmacs", filmes nos quais acredito que a forma subrepuje o conteúdo de maneira sufocante, tendo ainda como agravante o roteiro meio desleixado e a tentativa de emplcar uma gama grande de personagens um tanto quanto esquizofrênicos.

    Em suma: gosto quando Jeunet acredita em seus personagens e os emoldura com sua apurada capacidade visual, não quando faz deles meros objetos de decoração.

    beijos

    ResponderExcluir
  2. Jean-Pierre Jeunet tem um estilo de direção bem interessante, este aqui parece ser mais um para sua filmografia, vou anotar para assistir depois.

    Beijoss

    ResponderExcluir
  3. Olá, Carol!
    Adoro o cinema de Jeunet mas, realmente, vi um pedaço deste e não chama tanto a atenção como outros do diretor.

    Beijossss

    ResponderExcluir