quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Festival do Rio 2011: A Chave de Sarah


A CHAVE DE SARAH
Título Original: Elle S`appelait Sarah
De: Gilles Paquet-Brenner
França, 2011.

Selecionado para o Festival de Toronto e baseado no romance de Tatiana  De Rosnay, "A Chave de Sarah" conta a história de uma jornalista, Julia, vivida pela atriz Kristin Scott Thomas, que vive na França e é designada para cobrir as comemorações do sexagésimo aniversário do Vel dHiv, do qual ela não tem conhecimento algum. Ao trabalhar pesquisando o ocorrido, Julia descobre que o apartamento onde ela, o marido e a filha irão se mudar, havia sido ocupado por uma família judia, imigrante que fora desapossada pelo governo francês da época, e em seguida comprado pelos avós de seu marido. Julia decide então descobrir o que aconteceu aos ocupantes anteriores, mas principalmente que destino tomou a única sobrevivente desta família assolada pelos efeitos da Segunda Guerra.

Até agora "A Chave de Sarah" está entre os melhores filmes que assisti neste festival, talvez o melhor! Um filme muito emocionante e visceral, pelas atuações e dados de realidade que são apresentados com delicadeza, sutileza, mas sem perder o foco e o tema.

O roteiro é muito bem amarrado e nos deixa curiosos para saber qual será o próximo passo. Não se trata de um filme de suspense, nem tampouco policial. No entanto os pontos ligados à história (política e social) e à nossa história de vida (nosso subjetivismo), fazem com que o desenrolar se torne mais interessante a cada segundo. "A Chave de Sarah" retrata uma contundente imagem da França na época da ocupação nazista, revelando pouco a pouco os segredos de um período muito triste da história francesa. Imperdível! E ao que tudo indica, logo logo entra no circuito.


5 comentários:

  1. Olá, Carol!
    Que bom, parece que o Festival está já lhe fornecendo gratas surpresas...

    Beijosss

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  2. Não tinha lido nada ainda a respeito de "A Chave de Sarah". Seu comentário, e o fato de o filme ter Kristin Scott Thomas no elenco, uma atriz por quem nutro grande admiração, são motivos mais que suficientes para que eu fique interessado em assistir.

    beijos

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  3. Queria ainda ressaltar a importância da atriz que interpreta a pequena Sarah! Ela é demais e rouba todas as cenas. A menina linda e talentosa chama-se: Mélusine Mayance.

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  4. A "chave de Sarah" é tudo de bom! Acho que esta é saída (a entrada,vá lá) ou o somatório para tantos símbolos como; a leveza da vaca (Um conto chinês) a sintonia (melancolia) o lugar onde Wally está (medianeiras) etc. Sarah se encontra fora do tempo e dentro dele. Ela está para o nosso olhar, nosso paladar, nosso dia e nossas noites. Ela envelhece, se entristece , se desespera, mas não morre nunca, ele tem a chave, ela é a "chave" que abre aquele armário (nárnia) e nos transporta para uma Paris sem luz que aos poucos vai se encontrando com o horizonte, com a amizade e com as cores da vida. Os caminhos se abrem e ela ganha as cidades,as famílias e por fim o tempo e a sua permanência nele. Totalmente possível encontrar a Sarah, logo ali, naquele carrinho de bebê! Obrigada pela indicação!

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  5. Lindo Bianca :)Legal a lembrança de "Nárnia",tudo a ver, bem como "..Paris".
    É isso aí, também senti dessa forma.
    Me apaixonei por esse filme.
    beijos

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