quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Festival do Rio 2011: O Garoto que Mente



O GAROTO QUE MENTE
Título Original: "El Chico que Miente"
De: Marité Ugas
Venezuela/Peru, 2011.

"O Garoto que Mente" inicia com um menino de 13 anos que decide abandonar sua casa, partindo para a costa venezuelana. Para sobreviver, ele sensibiliza as pessoas que encontra, contando histórias de um deslizamento de terra. Algumas vezes, ele diz que sua mãe se sacrificou para salvá-lo, em outras que foi seu pai quem morreu. No entanto essas histórias têm um fundo de verdade: há dez anos ocorrera um deslizamento em Vargas, deixando milhares de vítimas e desaparecidos, entre eles, sua mãe.

O ponto alto são as memórias do garoto que, além da bela fotografia, se apresentam em cenas muito mais bem construídas do que as que se passam no presente. Essas memórias são influenciadas pelo que seu pai contou e pelo efeito que o sumiço da mulher teve na vida dessa família. De algum modo, ele "ganha o mundo" para curar essas feridas e dar algum sentido à sua vida cheia de lacunas.

Não gostei muito do filme. Fiquei com a impressão de que por uma causa pessoal, a realizadora/roteirista, inclusive comovida pelos fatos históricos, deu início a um projeto idealizado demais, pouco real em termos de cinema. Para mim, "O Garoto que Mente" está mais para um documentário, que ainda assim seria capenga de elementos e narrativa.


3 comentários:

  1. É inevitável que, numa programação mastodôntica como a do Festival do Rio, um que outro filme soe deslocado, sem os predicados que julgamos necessários para figurar entre outros tantos excelentes títulos pinçados das mais diversas cinematografias. Mas até mesmo os ruins, ou deficientes de qualidades, podem nos ensinar algo, nos apresentar um que outro elemento interessante. Num cenário em que não se consegue assistir tudo, é meio frustrante ver um filme do qual não se gosta, mas já sabemos de antemão se tratar de uma possibilidade constante dentre tantas experiências boas na sala escura do cinema.

    Beijos

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  2. Olá, Carol!
    A pequenina sinopse traçada por ti despertou curiosidade em mim. Contudo, o filme não parece cumprir tal promessa.


    Obrigado por mais um texto,
    Beijoss

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  3. Exato Marcelo. Imagine, com mais de 400 títulos, é praticamente impossível que quase todos agradem.
    Mas tambem sou de opinião, que a experiência vale, sempre!

    Também fiquei motivada pela sinopse Rafa...mas, nao corresponde ao filme como um todo, infelizmente.

    beijos

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