sexta-feira, 25 de novembro de 2011

The Walking Dead e os comerciais da raposa

Crédito da Imagem: Blog do Jotacê

Gosto da série The Walking Dead, mas não sou fanático. Para ser sincero, me aborrece um pouco a segregação que nela ocorre entre os bons e os maus, entre a virtude e a canalhice, num belo exemplo de maniqueísmo. Fora isso, tudo é um pouco enrolado, cozido em banho-maria, mas mesmo assim assisto, pois se está longe de ser algo digno das expectativas e da euforia de alguns, ao menos é um bom entretenimento com certa dose de tensão.

Todo episódio inédito é lançado nos domingos em terras americanas, e a Fox, emissora de TV fechada que transmite por aqui, presta um verdadeiro serviço ao exibi-la logo na terça-feira seguinte, ou seja, apenas 48 horas após a apresentação estadunidense. Mesmo sendo adepto do download (uma vez era reticente, hoje sou partidário), resolvi, juntamente com meu irmão e parceiro de The Walking Dead, Rafa Müller, prestigiar esta ótima iniciativa do canal de encurtar a janela de exibição entre EUA e Brasil, pois temos TV por satélite em casa, numa operadora que permite assistir ao programa no idioma original e legendado (certamente nem teria cogitado assistir tudo dublado). Tentei, juro, mas não dá. Voltarei ao download.

Irritei-me extremamente com a exibição entrecortada por dois blocos de 10 minutos (sim, eu disse 10) de propaganda. Cada episódio possuiu 40 minutos, e a Fox faz o seguinte: exibe os primeiros 20, vai para o primeiro grupo de propagandas bregas sobre perfumes importados, volta com mais 10 de série, pula para outros 10 intermináveis dos mesmos comerciais, e retorna lépida e fagueira para a exibição dos últimos 10 minutos de The Walking Dead. Pode isso Arnaldo?

Ah, façam-me o favor. É inadmissível que ocorram duas interrupções tão implacáveis e prolongadas que, inevitavelmente, quebram o ritmo da audiência. E depois reclamam dos downloads, de quem baixa e confere de maneira “clandestina”. Tenham um pouco mais de consideração por quem assiste, ganhem dinheiro (afinal isto não é pecado algum), mas não sejam estúpidos, ao menos não o suficiente para acreditarem que com pausas tão ridículas e estendidas, teremos ainda a boa vontade de “fazer o certo”. Afinal de contas, quando ligava (atenção ao tempo verbal) às 22h, terça-feira, na Fox, era para assistir The Walking Dead, não repetidos reclames dum perfume Jean Paul Gaultier.

2 comentários:

  1. A gracinha maior da Fox é colocar comerciais de sua própria programação e tornar os blocos publicitários ainda mais longos e chatos.

    Estou contigo Celo. Não vejo Walking Dead, mas se o fizesse certamente não seria na Fox.

    Grande abraço!

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  2. Olá, Celo!
    Às vezes odeio o fato de estudar publicidade ¬¬'


    Abraçoss e estou contigo, Guri.

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