Tempos
atrás, numa mistura de curiosidade e necessidade profissional, fui até um sebo
da cidade e adquiri alguns gibis em bom estado. Tinha consciência de que
aquelas publicações visavam atingir faixa etária não compatível com a minha,
mas e daí? Bom, mesmo assim, comprei duas ou três revistinhas infantis.
“Turma
da Mônica”, do genial Mauricio de Sousa, é destinada a crianças, todavia contém
enredos interessantíssimos, onde, por meio da aparente simplicidade, há tramas
e personas muito bem amarradas. Os tipos ali expostos são fortes, ricos e
expressam angústias e alegrias comuns nas mais diversas idades do ser
humano.
Quando
pequeno, não me interessava por palavras e suas ligações. Longe de ser hábito,
a leitura era sofrível, surgindo apenas perante obrigatoriedade curricular. Mas
não fecho os olhos para o fato de Mauricio e sua Turma terem iniciado vários
leitores Brasil afora e, claro está, pelo mundo também. Meu caso foi diferente,
é diferente. Nunca é tarde para começar. Não, não do começo em si. Começar a
lançar os olhos para o lado e enxergar um caminho paralelo e encantador.
Rafa, sou um desses leitores que iniciou sua vida "literária" com Maurício de Souza e a Turma da Mônica. Parte do meu primeiro salário, aos 13 anos, foi para uma assinatura desses gibis. Quanta saudade!
ResponderExcluirObrigado pelo texto tão honesto, ele me levou para bons e nostálgicos momentos.
Nunca é tarde!! Você tem toda razão Rafa!
ResponderExcluirMuito bom, Rafa.
ResponderExcluirDescobri os quadrinhos já na idade adulta e me impressiono gradativamente com a capacidade abrangente dessa que é considerada a nona arte.
abraços