segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Festival do Rio 2010: Kaboom

 
KABOOM (com todo respeito) de araque!

Kaboom de Gregg Araki conta a história de um universitário que se relaciona com meninos e meninas e que, em meio a confusão de festas e rolos amorosos, começa a ter alucinações e sonhos estranhos. Imaginem personagens estranhos, caricatos e cada um mais bizarro que o outro? Desde machões musculosos bronzeados, surfistas, passando por meninas com superpoderes a adolescentes gays caricaturais. O enredo se perde desde o princípio. As primeiras cenas nos dão uma pontinha de esperança de que a narrativa se transforme e saia de um pólo absurdo e vá para algum mais sano, mas não. Parece que Gregg Araki pretendia ir além de um "teen gay" e o transforma também em um tipo de Trash-B moderninho da pior qualidade.

Um dos problemas do filme é que o enredo vai se desenvolvendo a partir dos sonhos e alucinações dos personagens que não tem consistência alguma, bem como os personagens já citados acima. Talvez Gregg Araki pretendesse rumar para águas bem mais rasas se aventurando numa comédia trash ou coisa parecida. Se for isso, ele conseguiu pelo menos tirar risadas do público que se mostrava ora inquieto ora irritado por conta da legenda que falhava, todo momento, mas que também por outro lado não fazia muita falta para compreensão geral das cenas. Sem muito a oferecer Araki será lembrado muito mais por Mistérios da Carne até que produza um outro longa à altura. Aguardo esse momento. Para mim, em Kaboom o diretor confirma a suspeita de que provavelmente é o diretor mais irregular do planeta, se levarmos em consideração o excelente Mistérios da Carne de 2004 também de sua autoria.

3 comentários:

  1. O que acontece com Gregg Araki?
    Após ver, e adorar, "Mistérios da Carne" pensei estar diante de um cineasta muito promissor. Aí veio "Louca de Dar nó" (olha só o titulo em português!!). O filme até que era legal, divertido, mas o final era um balde de água fria, muito ruim. Agora vem "Kaboom", um verdadeiro colecionador de detratores.

    Será que ele se perdeu no próprio ego? Só pode.

    Beijos

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  2. Carol,
    Foi difícel ver esse filme...com todo esse tema super....hiper...LOUCO!!!

    Aff!

    Abraços

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  3. Olá, Carol!
    Pois é, nem só de filmes bons vive um festival de cinema.

    Beijosss

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